1 INTRODUÇÃO
Antes de adentrarmos o
estudo da semântica nos livros didáticos, é importante falarmos também do que
vem a ser a semântica como processo evolutivo no estudo do significado. E como
se desenvolveu suas pesquisas ao longo de uma história que só se firmou, não
como ciência, mas como objeto de estudo científico, durante o século XX.
Os
estudos semânticos provem de muitos séculos atrás. Datados do período V a.c,
que, segundo a professora Maria Helena Duarte Marques, “ registra-se, entre os
filósofos gregos, preocupação com a linguagem.” ( MARQUES, 2001 p.26).
Até aqui o termo semântica
não era usado, e se tinha como um estudo de linguagem em que se apresentava uma
visão analógica. “Se aos elementos do mundo correspondem nomes, um dos aspectos
fundamentais do estudo da linguagem era determinar se as palavras associavam
naturalmente as coisas a que se referiam.” (MARQUES, 2001, p.26). Daí temos uma
visão análoga onde as palavras se associavam as coisas através de convenção.
Esta visão sofre algumas mudanças
no século XIX com a descoberta do sânscrito, antiga língua sagrada da Índia. “O
sânscrito apresentava traços comuns ao grego e ao latim, de forma semelhante a
traços comuns idênticos nas línguas de origem latinas.” (MARQUES, 2001 p.31).
Isso faz com que estudiosos procurem nas línguas traços relacionados, e nesta
perspectiva dar-se inicio as pesquisas da lingüística ou filologia comparada, “cujo
os estudos se concentravam em aspectos gramaticais, em geral fonéticos e
morfológicos.” ( MARQUES, 2001 p.31).
Durante o século XIX
Michel Bréal com base nos estudos de Reisig e Hermann Paul, introduz o termo “semântica”
“e propõe a nova ‘ciência das significações’” (MARQUES, 2001, p.33). Para
tanto, “o trabalho dos semanticista era dar enfoque a natureza psicológica da
linguagem, a relacioná-la com os fenômenos históricos e socioculturais.”
MARQUES, 2001, p.33).
Os estudos da semântica
vem a ter mais ênfase durante o século XX com as idéias de Ferdinand de
Saussure na Europa e com Leonard Bloomfield nos Estados Unidos. Seus estudos
podem ser englobados no campo da linguagem ao qual se direcionam também ao
estudo do estruturalismo, tais estudos favorecem a analise das áreas
gramaticais, fonológicos e morfossintáticas. As idéias de Saussure e de
Bloomfield contribuíram para a semântica e o estudo do significado, mas foram
criticadas em alguns pontos, deixando lacunas na questão de tentativas de
explicar o significado. A autora Maria Helena Duarte Marques nos diz que: “Verifica-se,
pelo exposto, que até a década de 1960, pelo menos, a lingüística
norte-americana e a européia não conseguem desenvolver formas de tratamento
abstrato-conseitual para a semântica e, consequentemente, não atribuem ao
estudo do significado importância equivalente à que dão aos demais planos da
língua, para os quais elaboram teorias e princípios de análises rigorosos, que
permitem a descrição e o conhecimento de propriedades da estrutura
morfossintática e fonológicas de várias línguas.” ( MARQUES, 2001, p.50).
É importante também
ressaltar que houve uma evolução no estudo semântico em relação ao livro
didático. Se olharmos os estudos da semântica moderna iremos chegar a
observações cognitivas e não só gramatical e figurativa. A Semântica Cognitiva
que vem sendo estudada desde a década de 70 e 80 do século passado é uma mostra
de como o estudo dos significados tem se adaptado ao livro didático.
Sem
querer nos alongarmos muito no assunto histórico e teórico sobre a semântica,
já que nos falta uma teoria cientifica e específica, a qual ainda estamos
navegando em campos rasteiros e inferiores para questionarmos hipóteses como a que
a professora Marques acabou de nos mostra sobre um olhar crítico apurado,
ficaremos em uma analise mais simples sobre o estudo da semântica e seu objeto que
é o significado, mais precisamente o significado das palavras. E tomamos as
palavras de Bréal no que se refere à semântica, já que dar resposta a questão
sobre, o que é o significado, nos equivaleria dizer que não sabemos, ou melhor,
depende do contexto, do seu referente, de onde se encontra tal palavra e em que
contexto ela está sendo referida.
Tomamos a afirmação de
Bréal apenas para um consenso superficial do que vem a ser semântica, mas no
dizer da professora Marques: “Não há consenso entre os especialistas quanto a
uma definição de semântica e tampouco, quanto à delimitação do que seria objeto
da semântica. (...) Parece, então, muito simples chegar à conclusão de que a
semântica tem por objeto o estudo do significado (sentido, significação) das
formas lingüísticas: morfemas, vocábulos, locuções, sentenças, conjunções de
sentenças, textos etc., suas categorias e funções na linguagem.” Porem ”(...)
Um exame mais detido iria mostrar, contudo, que essas definições de semântica e
a delimitação do objeto da semântica que delas se infere são parciais e
insuficientes.” (MARQUES, 2001, p.15).
Por tais complexidades
nosso trabalho será limitado ao estudo da semântica no livro didático, para
isso escolhemos dois livros do ensino fundamental, do 6º e do 7º ano. Só
ratificando que o 6º ano equivale a 5ª série e o 7º ano a 6ª série.
Os livros em questão foram
elaborados pelos professores William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães
(2009). O título é: Português, Linguagens.
Sua edição é de 2009 e vem sendo trabalhado na cidade de Euclides da Cunha,
Bahia, como material didático nas escolas publicas do município. É também de
extrema relevância adiantar que o material trás no final de cada capítulo uma
seção intitulada Semântica e Discurso,
dedicado ao estudo de texto, sentenças e palavras. Englobam-se também textos
verbais e não verbais.
Nosso objeto de estudo nos
levou ao aluno das séries inicias pelo motivo de destacar o significado das
palavras por uma visão mais cognitivista da semântica, mas precisamente a
seguinte questão: Como o aluno em seu processo de desenvolvimento mental
descreve o sentido de um texto e da palavra? Como é visto para ele aquela
determinada palavra? Em seu meio cultural, como o livro didático pode ajudá-lo
no seu conhecimento de mundo? São tais questões que nos levaram a tomarmos a
atitude de investigar os processos semânticos nas séries inicias abordando a
temática prática da semântica, ou seja, a palavra como um canal entre a fala, a
escrita, e nos dias atuais, a palavra no campo virtual.
2 A EVOLUÇÃO SEMÂNTICA NO LIVRO DIDÁTICO PARA
COM O ALUNO
Para chegarmos à evolução
semântica no livro didático, pesquisamos dois livros do ensino fundamental, o
6º e o 7º ano do Fundamental II. Como esboçamos no início, estes livros são dos
autores William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães.
Os livros pesquisados
suportam em seu conteúdo uma seção no final de cada capítulo com um espaço só
dedicado ao estudo semântico de frases, palavras e sentenças. Dentro deste
estudo abordado pelos autores, se destaca elementos de significados
relacionados a ambigüidades e as figuras de linguagens, o que nos implicaria
dizer que tal produção toma formas tradicionais no processo do significado.
Há também um detalhe que chama
a atenção no livro destes dois autores que é os elementos de linguagem não
verbal. Este é um fato elementar que observamos por se adequar a Semântica
Cognitiva, que toma o significado como elemento mais importante na linguagem.
Esta teoria vai de encontro ao modelo gerativista que centraliza a Sintaxe.
Com o elemento referencial
do texto, verbal e não-verbal, os dois livros mostram uma simplória conexão no
campo visual e escrito, tal fator acarreta uma série de significações
semântico-analógicas as quais despertam no expectante uma leitura de mundo na
perspectiva prática. Um exemplo disso é as charges que se encontram no conteúdo
dos livros.
Com elementos
humorísticos, a abordagem destes textos não verbalizados, mas visuais, buscam
mostra de um modo crítico a realidade social dos alunos e leitores de modo
geral.
No que se refere à
evolução do material didático, podemos notar esta adaptação dos livros para
melhor se adequarem a realidade cognitiva do aluno, já que o significado
depende de um referencial para se ter um significado, mas o que propriamente
vai significar para nós é nossas percepções sensório-motoras, ou nosso
conhecimento de mundo.
Os dois autores também
abordam de modo singular os textos verbais e suas possíveis ambigüidades no
entendimento daquele que vai ler tais textos. A análise por parte dos alunos
nos enunciados das questões lhes dará uma leitura mais ortodoxa do texto em si,
e sabemos que a leitura é imprescindível para o melhor desenvolvimento a que
diz respeito ao conhecimento, mas quando um termo pode ser entendido sobre um
significado ao qual não lhe foi impregnado, inferido em um determinado texto,
por razões de conhecimento de mundo, há um acarretamento destorcido daquilo que
se foi escrito, falado, e anunciado.
Os livros apresentam uma
melhor adaptação ao alunado, e acreditamos que nos dias atuais com a revolução
da informática, em que já se há uma quase condenação ao livro didático, o
material em formato de papel a que vemos hoje dará lugar a tablet e a computadores conectados a Internet,
mas em si, o formato do livro não importa, mas sim o conteúdo a que estará em
seu interior. E esta correspondência com o cotidiano do alunado a que os livros,
como os dos escritores Cereja e Cochar nos mostra, é que dará ao ser
cognoscente motivo para o bom entendimento do significado das palavras.
Independentemente de
qualquer revolução informatizada o material didático é ainda imprescindível na
formação do aluno, que a cada dia vai se adaptando a realidade das evoluções
humanas.
3 A
EVOLUÇÃO NOS ESTUDOS DA SEMÂNTICA E SUA A RELAÇÃO COM O LIVRO DIDÁTICO NO
DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
Quando
nós observamos o estudo semântico de hoje e o desenvolvimento do aluno, chegamos
a uma conclusão máxima que é a semântica inter-relacional na vida cotidiana
destes alunos. Um dos estudos que mais contribui para esta evolução é o estudo
da Semântica Cognitiva que tem como marco inicial publicações na década de 80
do século passado por autores como George Lakff e Mark Johnson que, segundo
Fernanda Mussalim e Ana Christina Bentes diz respeito a
significação como um processo cognitivo do funcional: “ A significação
lingüística emerge de nossas significações corpóreas, dos movimentos de nossos
corpos em interação com o meio que nos circunda.” (MUSSALIM, BENTES, 2006,
p34). O que se implica dizer que o significado emerge de dentro para fora e não
o contrario, e é motivado.
A hipótese central de
que o significado é natural e experiencial se sustenta na constatação de que
ele se constrói a partir de nossas interações físicas, corpóreas, com o meio
ambiente em que vivemos. O significado, enquanto corpóreo, não é nem exclusivo,
nem prioritariamente lingüístico. (MUSSALIM, BENTES, 2006, p34).
Este estudo semântico a
que se refere à parte da cognição se implica hoje aos livros didáticos por
apresentar textos ilustrados, não só com desenhos, mas também gravuras que
estão relacionadas a seu meio social e cultural. Um exemplo disso é elementos
visuais de placa de transito, e outros sinais importantes para identificar a
que natureza se corresponde: produtos, restrições, placa de perigo, etc.
Tais linguagens emergem,
como diz os autores, de dentro para fora por estarem ligados ao campo imagético
da criança, “memória de movimento,” (MUSSALIM, BENTES, 2006, p34). Inferido em
seu envolvimento com o mundo.
Só ratificando que o que tomamos como significados
em nossa infância, vão formando-se gradativamente por meio de correspondência a
outras significações já absorvidas. Este condicionamento é exposto ao alunado
ou a criança em si, através do seu meio físico e espacial. Daí a sua acepção a
estes elementos a que são referidos para o ser cognitivo do alunado. Neste caso temos outro fator imparcial no
aluno perante o significado de tais termos que é a sua experiência de absorção
de um determinado signo e suas farias referencias fenomenológicas, pode-se até
ter uma relação entre a Semântica Cognitiva e a Semântica Formal no que se refere
a questão gradativa no sujeito.
Assim sendo, o
significado lingüístico não é arbitrário, porque deriva de esquemas
sensórios-motores. São, portanto, as nossas ações no mundo que nos permitem
aprender diretamente esquemas imagéticos espaciais e são esses esquemas que dão
significado às nossas expressões lingüísticas. (MUSSALIM, BENTES, 2006, p34).
Se
olharmos o livro didático, ou até mesmo outros matérias didáticos, vamos ver
que há uma relação efetiva nesta área de semântica cognitiva, que trata da
capacidade do aluno na acepção e não na absorção de conteúdos, o que isso quer
dizer? Implica dizer que o aluno aprende ao movimento do estar no mundo, aquele
determinado conteúdo não lhe é imposto e sim estimulado a partir de uma
pragmática do seu meio com o meio didático.
E notável que o livro
didático tenha esta visão de se adequar ao aluno no sentido de adaptar-se a
realidade social e cotidiana sem perder o foco dos estudos das varias
tendências, tanto da Semântica Cognitiva como da Semântica Gerativista e
Estrutural.
Os livros de Cereja e
Magalhães são hoje em dia uma referência no que se refere a estes modelos de
semântica ditos aqui como processo de evolução no estudo semântico para com o
livro didático. Tais autores conseguiram transpor para seu material um estudo
do significado para a convivência aos processos empíricos já existentes no meio
sócio-cultural do aluno.
4 A
RELAÇÃO ENTRE O ESTUDO SEMÂNTICO PARA A DIDÁTICA APLICADO AO ALUNO
O que temos hoje no livro didático, no melhoramento do estudo
semântico, é uma forma gradativa das Semânticas Cognitiva, Estrutural e
Gerativista, mas no entanto, o estudo da Semântica Cognitiva tem um papel
primordial no desenvolvimento do aluno por melhor inserir no seu conhecimento
uma analise mais precisa do mundo que o circunda. “A linguagem articulada não é
mais que uma das manifestações superficiais da nossa estruturação cognitiva,
que lhe antecede e dá consistência.” (MUSSALIM, BENTES, 2006, p35).
Uma
das coisas que mais se verifica nos livros didáticos de hoje, não só nos de
Cereja e Magalhães, é uma tendência a esta evolução semântica para atender uma
demanda de alunos informatizados. Uma
demanda de alunos que já buscam no meio do campo virtual um novo significado
para as palavras escrita e oral.
Pode-se até dizer que isto
já é uma área que tende a ser estudado, já que o livro didático, e falamos no
livro não generalizando o livro em si, mas somente o livro didático que um dia
ira dar lugar a outros elementos tecnológicos como abordamos na introdução
deste artigo.
A semântica que foi
referida neste aspecto tem por base a pragmática, não só no campo referencial,
mas no imagético do aluno, ou qualquer outro individuo. Tem por base, mostra ao
sujeito a importância do estar no mundo e conviver com suas sensações para a
acepção dos significados da linguagem, para só depois uma introdução a esta
mesma linguagem, tanto que se predispõe de elementos metafóricos e metonímicos
para uma compreensão melhor colocada do que vem a ser um determinado contexto.
Falamos
antes desta evolução no estudo semântico do livro didático para o
desenvolvimento do aluno no que se refere a sua concepção de significado das
palavras e das sentenças, mas esta relação deve ter fundação em um estudo mais
de interação entre aluno e o mundo que o cerca, porque tal fator implica no
significado. Não há razão de significado sem a linguagem e sem o espaço a que
estamos inseridos. Por isso a Semântica Cognitiva privilegia a questão corpórea
com linguagem.
Relevantemente devemos
contemplar nos dias de hoje a evolução de matérias para as escolas públicas
que, de certa forma exaustiva, tenta se adequar as varias manifestações de
linguagens verbais e não verbais.
Em fim, esta linguagem às
vezes se modifica e se adequada no espaço social, e pra se ter uma estudo
semântico condizente com tais modificações é preciso sempre de uma reciclagem
de adaptações por parte destes mesmos materiais didáticos.
Sabemos,
no entanto, que o estudo da semântica, independente do que vem a ser no livro
didático, ainda não se tem consenso e na maioria das vezes acaba sendo dado na
sala de aula para alunos do fundamental e médio como um fator secundário e não
de prioridade consecutiva, justamente porque não se tem uma explicação de
relevância científica - ortodoxa do que vem a ser significado, dando ao estudo
da linguagem no livro didático relevância mais as áreas gramaticais e
sintáticas para explicar nas frases e palavras o que vem a ser, ou o que é o significado
de determinada situação na sentença ou no contexto a que foi anunciado.
5
CONCLUSÃO
Houve
varias evoluções no ramo do estudo semântico para a melhoria do livro didático,
pois tais melhorias foram, e são necessárias para uma melhor abordagem em
relação aos materiais letivos nas escolas.
As adaptações e as figuras
não verbalizadas transpõem esta adaptação a um público que vem se modernizando
a cada dia, e pede sempre para isso modernização também nos livro e matérias
didáticos.
No
que diz respeito ao estudo semântico, ainda há discordância entre os semanticistas
sobre o que vem a ser o significado, mas tais discordâncias só ajudam ainda
mais o objeto de estudo da semântica. E este objeto vem sendo tratado nos
conteúdos para o ensino fundamental com resoluções lógicas e cognitivas, sempre
havendo, na maioria das vezes um processo de concordância entre a formalidade e
as acepções do conhecimento psíquico-cognoscitivo.
Há uma relação entre o
estudo da semântica e entre os livros didáticos, isto é visível quando passamos,
muitas das vezes, a observar o livro didático e como ele é tratado. Mas devemos
também lembrar que alguns livros que são chamados de estudos semânticos dizem
mais respeito a elementos conteúdistas que semânticos, e há ainda quem acredite
fielmente que a semântica está apenas relacionada à gramática, sendo que a
semântica tem no significado um amplo estudo envolvendo todo um complexo de
significações, tanto gramaticais quanto analógicas.
6
REFERÊNCIAS
CEREJA, William Roberto. MAGALHÃES,
Thereza Cochar. Português: Linguagens,
6º ano. 5ª. ed. São Paulo: Atual, 2009.
CEREJA, William Roberto. MAGALHÃES, Thereza
Cochar. Português: Linguagens, 7º ano. 5ª.
ed. São Paulo: Atual, 2009.
MARQUES, Maria Helena Duarte. Iniciação a Semântica. 5ª. ed. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar. 2001.
MUSSALIM, Fernanda. BENTES, Anna
Christina. Introdução a Lingüística:
Domínios e Froteiras. 5ª. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
DICIONÁRIO
PRIBERAM DA LÍNGUA PORTUGUESA: Disponível em:
http://www.priberam.pt/DLPO/