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sexta-feira, 27 de março de 2015

ENTREVISTA A NETO CAMORIM

O historiador Neto Camorim é um Professor e pesquisador que luta pela  memória e preservação dos ideais do seu conterrâneo Antônio Conselheiro, juntamente com o Iphanaq, a Fundação Canudos, e outros companheiros seus de Quixeramobim. Em entrevista a Revista Literária Antônio Conselheiro, o historiador nos mostra um pouco de sua vida e de seus projetos na preservação da memória e dos ideais de Antônio Vicente Mendes Maciel  


Revista Literária Antônio Conselheiro[1]: Professor, quem é Neto Camorim?

Neto Camorim: Meu nome é Francisco Chagas da Silva Neto, conhecido por Neto Camorim. Trago esse apelido familiar do meu avô paterno que se chamava Manuel Camorim, então todos seus filhos ficaram conhecidos por esse nome. Depois isso chega aos netos, já que sou filho de seus filhos que se chama Chico Camorim. Daí desde adolescente trago esse nome que muito me orgulha. Por sinal, poucas pessoas me conhecem pelo seu nome oficial. Sou é filho de agricultor, nascido na comunidade de Aroeiras, antes Quixadá e hoje pertence ao município de Banabuiu, que faz limites ao leste com Quixeramobim, município que meus pais vieram morar desde 1980, na comunidade de Coque, que fica há 36 km da sede as margens do rio banabuiu. Até concluir o ensino médio, morava com meus avós maternos em Juatama, distrito de Quixadá, onde estudava.
Como acontece com a maioria dos jovens ainda hoje, não consegui emprego e fui morar com meus pais no Coque e por lá exerci atividades na agricultura até os 25 anos de idade. Como sempre gostei de estudar, resolvi fazer vestibular para o curso de história em 1994 na FECLESC- UECE- Quixadá, campus na Universidade Estadual do Ceará aqui em nossa região, e fui aprovado na primeira tentativa. Então fui durante esse tempo estudando e desempenhando minhas atividades de articulador das CEBs, comunidades de base ligadas a Paróquia de Santo Antônio de Quixeramobim. A partir daí fui adquirindo uma maior consciência da realidade sertaneja e o porquê das dificuldades no qual enfrentamos. Em 1995 comecei a exercer a função de professor na rede particular, e no ano seguinte comecei a trabalhar também na escola pública, como professor temporário, e atualmente sou concursado na rede pública estadual do Ceará. Em 2004 após participar mais com expectador das comemorações do centenário da guerra de canudos em 1997 em Quixeramobim e de outras ações culturais em nosso município, que infelizmente em políticas culturais faz nada, resolvi junto com um grupo de professores, universitários, estudantes de ensino médio e profissionais diversos que gostam de história, cultura e memória, tão desvalorizada em Quixeramobim, decidimos criar a Ong. IPHANAQ (Instituto do Patrimônio Histórico, Cultural e Natural de Quixeramobim). Hoje é nessa entidade que desenvolvemos em nosso município algumas ações culturais. Seja na temática conselheiro ou outros temas no campo da cultura.

Revista Literária Antônio Conselheiro: Sabemos da sua árdua luta pela memória e preservação dos ideais do seu conterrâneo Antônio Conselheiro, junto com o Iphanaq, a Fundação Canudos e outros companheiros seus de Quixeramobim, o que não é tão distante de alguns aqui na Bahia, mas o que o senhor ver de diferente e semelhante nestas atividades e preservação (material/imaterial)?

Neto Camorim: Preservar a história e a memória coletiva das pessoas e líderes que dedicaram sua vida em prol das mais pobres em nosso país, sempre foi mal analisado. Até por que a história tradicionalmente falando, sempre esteve a serviço da visão dos poderosos. Portanto, os ideais de Conselheiro ainda incomodam aqueles de visão elitista que não querem a libertação do povo sertanejo, que ainda sofre pelo abandono político historicamente presente na vida dos mais pobres. Apesar da luta e organização popular ter conseguido alcançar algumas melhorias, muita coisa ainda precisa ser feita. Em Quixeramobim, a memória de Conselheiro ainda é algo muito distorcido e não valorizado. Apesar de ser a terra onde ele nasceu sempre digo, que foi ela também a expulsou diante dos diversos problemas e frustrações que aconteceram durante o período em que viveu na sua terra. Apesar dessa problemática, temos tentado enquanto Iphanaq desenvolver ações tentando contribuir para mudar essa visão preconceituosa em relação a conselheiro. Todo ano quanto acontece o evento “Conselheiro Vivo” em alusão a 13 de março data de seu nascimento, sempre trabalhamos temas que procurem trazer os ideais de conselheiro ao contexto atual, no intuito de inserir estudantes, professores e comunidade em geral e refletir sobre a importância histórica desse líder, que é estudado em todo mundo praticamente e é
tão desvalorizado na terra em que nasceu. Isso é um aspecto diferente que percebo em relação ao que vejo na maioria do povo de Canudos quanto visito a cidade ou estou presente nas romarias. Claro que existem críticas de alguns em Canudos em relação a Antonio Conselheiro. Isso é normal e acho necessário para fazermos uma análise com maior criticidade. Mas em Quixeramobim, o que existe é uma incompreensão e desvalorização da história para a grande maioria da população. Nos últimos dez anos isso tem mudado um pouco, muito em função de atividade como o conselheiro vivo, que realiza juntos com outro parceiro, atividades diversas como, debates, palestras, oficinas, feiras artesanais e da agricultura familiar, lançamento de livros, concurso de redação, exibição de filmes e documentários e exposições, etc. Mesmo assim percebo que o processo é lento e precisa de continuidade das ações durante todo o ano. O que infelizmente não acontece por parte do poder público que deveria de fato assumir com mais responsabilidade seus preceitos constitucionais. Portanto, observo que as nossas dificuldades não muitas, mas não vejo com tão diferente, das de Canudos em relação a organizar eventos com maior participação da sociedade. Não que seja preocupado com quantidade, mas que nós que militamos na causa de conselheiro, precisamos se integrar mais e pensarmos coletivamente nossas ações sem buscar individualizar as coisas como sua. Até porque conselheiro não é apenas de Quixeramobim e de Canudos, mas do mundo. Seus ideais de liberdade e dignidade humana não ficaram restrito apenas aos sertanejos da Bahia, mas se espalharam pelo mundo por aqueles que no passado ou no presente ainda lutam por justiça social.

Revista Literária Antônio Conselheiro: Desde quando vem à Romaria de Canudos?

Neto Camorim: Frequento a Romaria de Canudos há pouco tempo. Esse ano fez 03 anos que venha a esse evento. Mas em Canudos vim à primeira vez em 2007 na época do espetáculo “Os Sertões” do teatro oficina Uzina Uzona de Zé Celso Martinez, que tinha no mesmo ano se apresentado em Quixeramobim. Foi daí que resolvi depois de 05 anos refletindo, porque essas duas cidades que tem tanto em comum não se aproximam e pensam ações conjuntas sobre conselheiro? Quero ressaltar, que foi Zé Celso quem já na época dos “Sertões” fazia essa indagação. Ai então, resolvi agir. Comecei em 2012 junto com alguns amigos venho todo ano a Canudos participar da Romaria e ao mesmo tempo incentivar a aproximação de Canudos a Quixeramobim. E isso aconteceu. Desde ano passado que o grupo de teatro coordenado pelo amigo Carlos Carneiro participa do “Conselheiro Vivo” no mês d e março em Quixeramobim, e nós retribuímos a visita em outubro na romaria. É uma iniciativa pequena, mas pra mim de muito significado. Pois essa vinculação aos poucos tem aumentado. Percebi esse ano que podemos inclusive articular ações conjuntas entre as duas cidades. Temos que planejar melhor nossas iniciativas em torno do projeto de vida digna defendido por conselheiro.

Revista Literária Antônio Conselheiro: Tendo vindo estes últimos anos à Canudos, como o senhor avalia a participação, a organização e as discussões temáticas da Romaria de Canudos?

Neto Camorim: Tenho observado que a participação do povo tem diminuído e a organização da romaria têm apresentado algumas falhas, mas acho que podem ser superadas. Sei o quanto é difícil organizar um evento sem apoio financeiro na proporção necessária. Vão aqui algumas sugestões que inclusive falei com pessoas diretamente ligadas a organização da romaria, poderia articular melhor a participação dos municípios vizinhos de Canudos e que são diretamente envolvidos na trajetória de conselheiro para fundar o “Belo Monte”. Mas penso que essa articulação tem que ser da comissão da romaria, buscando envolver as paróquias e comunidades vizinhas para estarem presentes nesse momento que considero tão importante. Não é a toa que percorro todo ano 720 Km em carro fretado com alguns amigos para participar da romaria. Mas acho que ela precisa ser melhor planejada e que os responsáveis por suas atribuições cumpram o seu papel. Deve também envolver outros atores sociais e organizações na efetivação da mesma. Tem
falhas muito básicas que ainda acontece, que em minha opinião um evento com 27 anos de existência já deveria ter superado. Entenda não estou culpando os organizadores do evento e nem dizendo que eles não planejam, pois sei das dificuldades que enfrentam todo ano para realizarem a romaria. Apenas acho que outros parceiros deveriam ser envolvidos. Tipo maior participação das escolas nas atividades, mais apresentações culturais envolvendo outros municípios, mais dinamismo na realização da mesa redonda. Enfim, são sugestões que a meu ver poderia melhorar um evento que sempre me traz muita alegria e emoção e que quero continuar participando. E se permitirem colaborando. A Ong. Iphanaq está aberta ao diálogo para contribuir no que for possível. O que defendo é uma melhor integração de Canudos com Quixeramobim e vice versa, além das cidades dos percursos de conselheiro que poderiam estarem se encontrando todo ano na romaria para rememorar, celebrar e refletir a luz da nossa realidade os ideais de Antonio Conselheiro.

Revista Literária Antônio Conselheiro: Tivemos anteriormente uma informação que viria a esta romaria cerca de trinta quixeramobienses e que pelo motivo de estarmos no período eleitoral, Foi impossibilitado, o senhor acha que falta a estes uma organização ou sensibilização com relação à memória de Antônio Conselheiro?

Neto Camorim: Sou daqueles que acredito na organização e planejamento das ações. Como já me referi anteriormente, Quixeramobim na sua grande maioria não existe uma valorização pela memória de seu filho mais ilustre. Isso só contribui para dificultar essa integração com Canudos. Se fosse esperar pelo apoio poder público municipal para visitar Canudos, acho que tinha ficado na primeira visita em 2007. Na verdade não existe sensibilidade política para o tema conselheiro, fica só na conversa. De preferência nos palanque nas campanhas eleitorais. Essas desculpas de que estamos em período eleitoral e não tinha como viabilizar o transporte do grupo de pessoas que queriam ir pra Canudos, isso é velho, não acredito. Todo ano prometem e não acontece. Mas na hora que estivermos mais organizados isso vai mudar pode ter certeza. Até porque não estamos pedindo favor. O município tem obrigação de investir em cultura. E bem que deveria ser em algo de qualidade, como oportunizar as pessoas interessadas conhecerem Canudos durante a romaria e participarem da programação. Agora os gestores municipais ficam buscando culpados para justificar o injustificável. E o pior tem gente que acredita.

Revista Literária Antônio Conselheiro: Por dois anos consecutivos o nosso município ainda que com várias dificuldades e uma população cinco vezes menor, tem mandado à Quixeramobim uma comitiva para tentar estreitar essa distancia de Quixeramobim & Canudos. Será que falta aos gestores uma vontade de unificação destes municípios, o que podemos aprender com isso?

Neto Camorim: Quero parabenizar esse gesto grandioso de Canudos, que tem feito mais decentemente a sua parte nessa busca da integração com Quixeramobim para refletir e aprender juntos sobre Conselheiro. Lamentavelmente é triste perceber que Quixeramobim enquanto terra natal desse grande líder de nossa história tem feito quase nada em prol de sua memória. Com uma população cinco vezes maior que de Canudos, Quixeramobim não disponibiliza um ônibus para trazer os simpatizantes e interessados na história da guerra de canudos e de conselheiro a conhecerem o local onde tudo aconteceu. É muita falta de compromisso com a história de seu povo. Concordo que falta vontade política para aproximar de fato essas cidades irmãs. Mas não vamos desistir. Vamos cobrar e criticar e
ao mesmo tempo, não ficar apenas reclamando, mas fazendo o nosso trabalho de “formiguinha”, que apesar de ser invisível para muitos em nossa cidade, o que interessa é que ações estão acontecendo diante de nossas possibilidades. Pior é o poder público que não faz e ainda atrapalha. Devemos aprender que sem a nossa participação e cobrança nas ações as articulações entre essas cidades ficará mais difícil. Portanto vamos continuar lutando e realizando as nossas ações sem ou com o apoio do poder municipal, que só colabora diretamente no evento “Conselheiro Vivo”, ainda muito pouco pela importância que deveria ter Antônio Conselheiro na sua terra.

 Revista Literária Antônio Conselheiro: A 27ª Romaria deste ano (2014) teve como tema: “Liberdade e Dignidade para o povo do Sertão” o que o senhor nos diz a respeito desta proposta.

Neto Camorim: Esse tema, como bem destacou Pe. Alberto, vigário de Canudos durante entrevista na Rádio Atividade FM, ele aponta setas para a construção da dignidade do povo do sertão. Liberdade e dignidade essa que ainda falta à maioria de nossos irmãos sertanejos do nordeste brasileiro, que apesar de algumas melhorias continuam dependente das ações paliativas dos governos ao longo de nossa história, e que não tem interesse em de fato construir a dignidade que nosso povo tem direito. Quebrar as amarras da submissão ainda não interessa para a maioria de nossos ditos representantes políticos e de uma parte da sociedade brasileira do sul e sudeste e outros de próprios nordestinos que já vivem em situações mais favoráveis, ainda mantém muito preconceito contra os nordestinos. É só ver o que tem acontecido com frequência nas redes sociais. Um verdadeiro absurdo. Um desrespeito à pessoa humana, mais que ainda persiste mesmo depois de tanto tempo que foi abolida a escravidão, as práticas escravocratas e elitistas continuam vivas na cabeça e corações de muitos grupos dominantes de nossa sociedade. São atitudes totalmente contrárias ao que o Conselheiro pregava. Temos que lutar contra toda forma de opressão que ainda impera sobre os sertanejos no semiárido nordestino, para que de fato a liberdade e dignidade para o povo do sertão aconteça. Acho que foi muito oportuno à escolha desse tema romaria de 2014.

Revista Literária Antônio Conselheiro: Temos conhecimento de uma pesquisa que o senhor vem desenvolvendo sobre os percursos do Conselheiro no sertão baiano antes de chegar a Canudos em 1893, o que o senhor tem pesquisado? Quais localidades já visitou? Que dificuldades e facilidades têm encontrado no meio deste caminho?

Neto Camorim: Na verdade é um projeto de pesquisa ainda nas questões preliminares. Tenho visitado desde ano passado com mais frequência Canudos e região para entrar em contato com meu possível objeto de estudo. Estive em julho deste ano durante uma semana na região de Canudos, e realizei algumas visitas em alguns lugares que fizeram parte dos percursos de Conselheiro antes de se fixar em canudos e fundar “Belo Monte”. Estive na companhia de Carlos Carneiro visitando Maceté, onde aconteceu o fogo do Viana em 1893, e de lá conselheiro foi pra Canudos. Fui a monte Santo, Quijingue e Euclides da Cunha (antigo Cumbe) e Uauá e Canudos, sempre conversando e observando algumas questões que poderão ser meu objeto de estudo. Sabemos que o desafio é grande, está se deslocando periodicamente para desenvolver esse trabalho, mas ao mesmo tempo tem sido desde o seu início muito gratificante está a cada período visitado vivenciando a solidariedade que impulsiona a vida do sertanejo. Isso é algo imensurável. Espero que possa dá sequência esse trabalho de conhecer os percursos de conselheiro antes de fundar a comunidade da busca pela igualdade, liberdade e dignidade que foi “Belo Monte” e que as forças da dita república brasileira destruiu.

Revista Literária Antônio Conselheiro: Tomando como base uma de suas falas “O Conselheiro não desagregava, ele une até hoje”. Este é um dos seus objetivos dentro de sua pesquisa, perceber a latência dos ideais do Conselheiro?

Neto Camorim: Tenho observado que apesar das dificuldades sempre latentes ao trabalhar o tema conselheiro, ele sempre nos junta mais. Acho que deve ser seus ideais ainda impulsionando a luta daqueles que acreditam num mundo melhor. Parto do princípio que Conselheiro plantou muito bem onde ele passou essa possibilidade de construir uma vida digna e mais livre para o povo do sertão. Mesmo com a destruição do Belo Monte, esses ideais não morreram eles resurgem de outras formas na luta do povo, na sua maneira de viver e encarar a vida nos desafios diversos que enfrentamos. Isso tenho observado em todos os lugares visitados. Pessoas, como Dona Bebé em Canudos, que desde ano passado nos acolheu em sua casa durante a romaria e hoje nos trata como se fôssemos um familiar seu. Isso é apenas um exemplo entre tantos que poderia destacar nesse início de pesquisa. Espero que tenha competência de dá conta desse trabalho.

Revista Literária Antônio Conselheiro: Percebemos que o senhor fica um tanto angustiado com algumas ações isoladas que alguns projetos realizam referente a Canudos. Que sugestão o professor dá, não somente as instituições que trabalham Canudos, ou a municípios que se organizam para visitar a cidade histórica, seja na Romaria ou em datas fora do calendário festivo?

Neto Camorim: Penso que deveria ter uma maior articulação entre os municípios da região de Canudos para a realização da romaria. Deveriam em minha opinião desenvolverem ações preparatórias em suas escolas para que a história de Canudos seja conhecida e valorizada pelas novas gerações. Percebi nas minhas visitas na região que muitas pessoas mesmo morando perto de Canudos nunca visitaram a cidade. Não conhecem a importância dessa história. E ninguém valoriza o que não conhece. Juntos com as instituições que já trabalham na organização da romaria, esses municípios poderiam planejar ações de visitas periódicas a Canudos e ao mesmo tempo despertando nas crianças e jovens o interesse pela história de Canudos, sua cultura e memória que deve ser preservada. Até porque os descendentes de Canudos estão presentes em toda região. De uma maneira direta ou indireta todos estão ligados de alguma maneira a história de Canudos. Isso só contribuiria para construir uma melhor identidade do povo valorizando o seu passado. Além disso, esses municípios deveriam se apropriar das pesquisas já desenvolvidas pelas universidades através de alguns pesquisadores e organizarem um calendário regional de atividades envolvendo a temática conselheiro que em minha opinião incrementaria bastante a cultura e o turismo sustentável em seus municípios. E no final culminaria com a participação de todos na Romaria de Canudos realizando um grande momento celebrativo. Acho que seja possível. Só precisa de boa vontade e prioridade política, que alguma coisa mesmo que ainda pequena mais planejada e com continuidade a coisa caminha.

Revista Literária Antônio Conselheiro: Professor Neto Camorim, nos fale um pouco sobre os projetos como o papo cultural, grupo de leitura e outros dos quais o senhor está inserido lá em sua cidade Quixeramobim.

Neto Camorim: A Ong. Iphanaq nesses 10 anos de fundação tem desenvolvido algumas ações culturais em Quixeramobim. Mesmo sem muito apoio institucional temos alguns projetos em funcionamento. Entre alguns quero destacar inicialmente dois que coordeno. O primeiro o projeto Cineclube Iphanaq que tem o apoio do SESC-Ler e do Sistema Maior de Comunicação, que uma vez por mês realiza exibição de cinema nacional gratuito nas comunidades rurais do município. Após a exibição do filme tem debate com a counidades a luz da realidade deles. Daí ser muito importante a escolha do filme a ser apresentado. Este projeto existe há cinco anos e já visitou todos os distritos pelos menos cinco vezes suas comunidades durante esse período. Também coordeno o Papo Cultural, que recebe na última sexta feira de cada mês um convidado para falar de sua experiência de vida, possa contribuir com seus saberes diversos para a valorização da história e memória local. Pode ser acadêmico que vem apresentar seus trabalhos como às vezes acontece, mas na sua maioria são pessoas simples que não tem sua história registrada e valorizada. Todo o papo cultural realizado, produzimos um vídeo para no futuro ter um centro de documentação envolvendo esse material. Esse projeto funciona há 03 anos. Outro projeto que acontece no Iphanaq é o grupo de leitura “sertões e memórias”. Coordenado pelo professor João Paulo, esse projeto realiza leitura de obras literárias que trabalham o tema sertão. Geralmente se encontram uma vez por mês, delimitam as páginas que irão ler e depois marcam um encontro pata discutir o que foi lido. Já foram feitas durante os dois anos de existência do projeto as leituras de “Os Sertões”- Euclides da Cunha; “O Sertanejo”- José de Alencar; “O Quinze”- Raquel de Queiroz; “Dona Guidinha do Poço”- Oliveira Paiva, entre outros. Quem participa é professores de áreas diversas amantes da leitura e alunos de ensino médio. São atividades culturais que apesar de pouca gente envolvida diretamente tem contribuído para mudar aos poucos essa visão equivocado que as pessoas não tem interesse em participar de ações culturais. Isso não é verdade. O que de fato acontece é que existe são poucas atividades voltadas para essas questões. Daí a não valorização desses momentos culturais.




[1] Entrevista concedida a Carlos Carneiro – Diretor de Teatro e Graduando de Letras Vernáculas- UNEB 

quarta-feira, 25 de março de 2015

CONSELHEIRO VIVO





"Artes para escrever histórias" foi o tema do Conselheiro Vivo 2015, evento realizado anualmente na
cidade natal do Beato Antônio Conselheiro, pela Ong. Iphanaq em parceria como o SESC-Ler, Prefeitura e Câmara de Quixeramobim, Sistema Maior de Comunicação e outros apoiadores. Evento este em que a Cia Teatral de Canudos se programa todo ano desde cedo para poder fazer parte da programação, enviando oficio solicitando o transporte à Prefeitura Municipal de Canudos com intuito de diminuir as despesas para a equipe e demais artistas que se juntam a delegação para poderem na cidade anfitriã contarem historias por meio da arte, pois a escrita já lhes são as dores como chagas abertas do cotidiano de tentarem manter uma arte popular onde poucos valorizam ou querem o seu progresso, estas marcas deixam cicatrizes vivas na epiderme dos artistas que desejam manter a memoria do Conselheiro, a história de Canudos e a garra de um povo persistente, embora poucos percebam isso!
A escassez de apoio ou recursos tem sim desestimulado o referido grupo, mas não a ponto de fazer desistir, embora isso possa acontecer, pois todas as alternativas parecem se esgotarem, os editais que deveriam descentralizar e facilitar o fomento a cultura são cada vez mais burocráticos e excludentes os eventos que convidam alegam um orçamento pequeno, os entes federados sejam eles os anfitriões ou o da sede do grupo segundo eles, não dispõem de recursos para o deslocamento, acomodação, alimentação e cache ao grupo artístico, que se sufoca cada vez mais sem o estimulo, perece com um individuo perdendo o ar na ânsia da morte.
Esta angustia não está tão somente no elenco da Cia Teatral de Canudos, mas de todos os artistas que residem nesta histórica cidade que merecem do Governo uma reparação pela história, memória e cultura que são levadas daqui para o mundo. Que se façam editais, programas, projetos iniciativas diferenciadas
e exclusivas para estes que levam ou tentam levar Canudos para o resto do mundo e que os “urubus” parem de vir a Canudos no intuito de fuçar a “carniça”, pois ultimamente é o que está acontecendo, muitos aproveitadores, vêm usurpam da história, do conhecimento local, da memória, da cultura, produzem seus bens em todas as linguagens e novamente vão-se embora, sem retorno ou valorização para este povo que contribuiu e contribuem, muitas vezes de graça e quase sempre a um mísero lanche. Basta!
Véspera da viagem à Quixeramobim a Cia Teatral de Canudos saiu ao comércio local na tentativa de angariar dos lojistas uma ajuda para a alimentação da trupe, no trajeto entre as duas cidades, mesmo com muitas dificuldades enfrentadas no comércio canudense, houve uma contribuição acompanhada de comentários que muito lisonjeiam qualquer artista pelo trabalho que tem relevância e uma ampla divulgação ao município e a história que o mesmo imprime no cenário do Brasil.
Dia 11 de março às 03:00 horas a Cia Teatral de Canudos junto com o Poeta José Américo Amorim e José Raimundo (Jhon Cat) iniciam o percurso inverso feito pelo Antônio Vicente Mendes Maciel, após enfrentarem 10 horas de viagem o Poeta Zé Américo lança o seu mais novo trabalho “Estalo da Caatinga” na presença de uma mesa e de um público repleto de canudenses e quixeramobienses na sala da casa do Conselheiro, na oportunidade de falas antecedeu ao poeta, Jhon Cat que emocionado exibiu um vídeo sobre a comunidade quilombola em Canudos, após o lançamento secretários, vereador, intelectuais e autoridades local se pronunciaram falando da importância do evento e do intercâmbio das cidades onde nasceu e posteriormente morreu o seu filho mais ilustre. Segundo D. Terezinha “o encontro QUIXERAMOBIM e CANUDOS já se incorporou ao Conselheiro Vivo”. Para a mesma “a influência do místico Antônio Conselheiro, têm oferecido aos sensíveis trabalhos destes artistas uma carga de emoção que cativa e apaixona aos espectadores” acrescenta que “foi um grande prazer conhecer José Américo e todos de Canudos”.
Neste mesmo dia, pela manhã aconteceu a Feira da Agricultura Familiar, onde também, DJs de vinil comercializavam os “bolachões” eles Antônio Carlos e João Paulo ainda trocavam LP’s. Enquanto isso nas escolas da rede municipal e estadual os alunos produziam textos explorando a temática: Memórias de Antônio Conselheiro, auxiliados por João Pedro do Juazeiro, xilogravurista e poeta e Arievaldo Viana cordelista. Havendo também a sessão solene da Câmara Municipal com a entrega da Comenda Antônio Conselheiro e sobre este momento discorrer-se-á mais adiante. Às 13 horas como acontecem todos os anos e todos os dias do evento Conselheiro Vivo, há na Radio Canudos FM, entrevistas, bate papos, esclarecimentos com os diversos convidados e participantes do evento entre eles estiveram o José Raimundo (Jhon Cat), o Poeta Zé Américo e o diretor da Cia Teatral de Canudos (Carlos Carneiro) que entrevistados pelo Professor Neto Camorim afirmou. “A Companhia Teatral de Canudos está aqui mais uma vez, e espero que repita muitas vezes, sua presença na programação do Conselheiro Vivo nas próximas edições, como tem acontecido nos últimos três anos. A presença do grupo de teatro e dos demais canudenses no evento, só contribui para a integração que precisa aumentar mais ainda entre Quixeramobim e Canudos pelo elo e mística de Antônio Conselheiro. Como diz o poeta Zé Américo, a nossa luta em aproximar essas duas cidades é sempre uma trincheira a se enfrentar em prol desse intercâmbio. Quero agradecer a Cia de Teatro e seu diretor Carlos Carneiro, o Poeta Zé Américo e o amigo Zé Raimundo pela presença no Conselheiro Vivo. Vamos se preparar para mais lutas, pois novas trincheiras virão na busca de uma maior integração entre essas duas cidades irmanadas pelo Conselheiro”.
Nos dias 12 e 13 aconteceram diversas atividades nos mais variados locais onde a delegação de Canudos subdividiu indo à escolas, comunidades rurais e outros locais onde foram sempre, bem vindos, acolhidos, aplaudidos e expostos as mais curiosas indagações acompanhados do pedagogo e eletricista Edimilson Nascimento e do homem que não é a Bahia, nem o Ceara, mas é o Brasil, que segundo ele, cabe dentro do Quixeramobim – Ailton Brasil que fez com a Cia Teatral de Canudos, com o motorista Djalma, o escritor João Bosco e sua esposa o percurso para a localidade do Tigre, comunidade onde Antônio Conselheiro atuou como professor, entre a partida de Quixeramobim e a chegada a Canudos.
Cabe um parêntese antes da conclusão deste texto uma inquietação sobre a Comenda Antônio Conselheiro, deste ano. Quero frisar antes que não trata de desacordo ou insatisfação com os homenageados, Professora Fátima Alexandre, o escritor João Bosco Fernandes e o ex. Secretario de Cultura do Estado do Ceará, senhor Paulo Mamede, pelo contrário. Devem ser merecedores segundo os critérios de escolha pela Câmara Municipal. Assim espero. Caso contrário, será uma banalização com a história e a memória desse grande líder. Devem ser pessoas que estudam e promovem a história de vida de Antônio Conselheiro. Em relação a trajetória de pesquisa dos homenageados não podemos falar, pois nos são desconhecidos. Mas do poeta José Américo, temos argumentos e passaríamos um tempo exaustivo justificando o seu merecimento em receber tal homenagem. O que não aconteceu, embora para os baianos estivesse certo e programado este momento solene a um dos filhos de Canudos. Foi constrangedor a desagradável surpresa para os que estiveram com o poeta, saber que o mesmo não foi homenageado. Tendo em vista a previsão deste acontecimento, o mesmo enviou uma serie de informações antecipadas o que não ocorreu com o oposto para informar-lhe que não mais seria homenageado. Houve falha na comunicação da Câmara Municipal de Quixeramobim sem citar o desrespeito por não dá ao mesmo uma justificativa. Não queremos acreditar numa “gentileza” politica até porque isso desonraria o merecimento a quem fosse receber a Comenda.
Algumas indagações não obtiveram respostas e nem entenderemos senão as tivermos. Por que suspenderam a homenagem ao poeta? Por que não avisaram justificando a suspensão? Quando soubemos, através do Iphanaq era quase véspera da viagem. Que motivo desacorda os critérios impossibilitando o poeta de não receber a Comenda, percebido pela Câmara Municipal? A informação que recebemos foi que a Câmara Municipal através de seu presidente, Everardo Júnior, sabia da escolha do poeta Zè Américo desde a reunião de fevereiro, no momento da reunião na Secretaria de Educação.
Para quem conhece as obras, a performance e a dedicação do Zé Américo percebem o cuidado, respeito, e amor para com a memória do seu “padim” Conselheiro, como ele mesmo costuma dizer. Enfim, foi lamentável, triste e decepcionante.
Na ultima noite, o encerramento foi na casa onde nasceu Antônio Conselheiro com a derradeira mesa redonda, ministrado pelo Prof. Dr. Paulo Emílio Matos Martins, concluindo as comemorações, onde lançou a ideia de funcionamento do Centro de Artes e Memórias do Belo Monte. Lamentamos que o prefeito da cidade que tinha dito que estaria presente não compareceu. No encerramento em frente a casa do conselheiro correram apresentações teatrais realizadas por um grupo local do bairro da Maravilha e a Cia Teatral de Canudos com o espetáculo “Melelego” tendo no elenco: Marcos Freitas, Adrielly Boaventura, Hudson Macedo, Edvânia Guimarães, Nigle Macedo, Viterbo Tosta, Àdhila Boaventura, Roberta Macedo, Luana Soares e Darlene Régis, com participações especiais de Jhon Cat, Israel Santana de Euclides da Cunha, dos dançarinos Francisco Célio (Céu) e Antonius Jerfeson do grupo de dança Pieds Battant (pés voadores), Cia Lamparim com atores Francisco Elzo, Talys Antônio, Hércules Gomes e Jonh Wellington – diretor da Cia (fundada em 2012 tendo em seu repertório os espetáculos: Contos de Farsas e Antônio Conselheiro, quem és tu? Além de oferecerem diversas oficinas entre elas de reciclagem com fabricação de bonecos, animações com palhaços e o projeto fantolixos - fantoches feitos de lixo), participando ainda o professor e poeta anfitrião João Paulo e o poeta canudense Zé Américo. Apresentação da qual o diretor ousou colocando todos estes demais atuantes.
Assim, resta o agradecimento a todos, as prefeituras de ambas as cidades, aos comerciantes canudenses, ao diretor da UAB – Quixeramobim, Antônio Marcos Machado e a todos os funcionários desta instituição, aos docentes e discentes das escolas Damião Carneiro, Liceu de Quixeramobim, Escola Profissional José Alves da Silveira e outras. A Ong. Iphanaq na pessoa do seu presidente Aílton Brasil, ao Sistema Maior de Comunicação, aos funcionários da Casa Antônio Conselheiro, aos artistas, amigos e a todos que contribuíram direta e indiretamente para o sucesso e a participação dos canudenses no Conselheiro Vivo 2015, por fim, o diretor da Cia Teatral de Canudos agradece de forma particular a todas as mães e responsáveis por confiarem ao mesmo seus filhos.
Esperamos que na romaria de Canudos este mesmo entusiasmo aconteça fortalecendo os vínculos de cearenses e baianos, mas para isso é preciso o compromisso dos referidos municípios assumirem participações diretas nos eventos e nas programações mais importantes relacionados ao Conselheiro, neste sentido a Cia Teatral de Canudos está preparando um documento que objetiva os entes federados acordarem e garantirem compromissos para que os mesmos participem com suas delegações tanto na Romaria como no Conselheiro Vivo, evitando o desgaste dos artistas estarem na prefeitura, casa de prefeito, de secretários e etc., passando a ser então um compromisso das duas cidades independente de gestor A ou B.
                             


 
 CARLOS CARNEIRO, é graduando do curso de Letras- Uneb e diretor de Teatro


segunda-feira, 16 de março de 2015

SENSAÇÕES


Sempre aos finais de tarde
Sinto-me bem ao te encontrar
Não visualizo sua face,
Mas as curvas que contornam.
Sua beleza leva-me além,
Eleva o meu imaginar.
Quanta beleza é possível contemplar,
Porém em tempo curto que é só momento de ajustar.
Ao adentrar em seu mundo branco,
Ouço sua voz suave desejando boa tarde!
Tudo ocorre normalmente
Até quando chega o grande momento da sua proximidade.
É quando ela, suavemente puxa a minha face,
 E os seus mamilos fartos e aconchegantes
Deprime em minha lateral frontal.
Sinto- me tão confortável como se estivesse em um clímax sexual.
 Com uma deusa grega a me destruir com seu golpe fatal.





João Moreira Gonçalves, graduando do curso de Letras – UNEB.



NOSTALGIA URBANA

E o tempo passa,
E as coisas mudam.
Tudo é passageiro,
Menos o cobrador,
Tão pouco o motorista.

Paulo Monteiro, poeta graduado em Letras pela UNEB.


sexta-feira, 6 de março de 2015

Crônica: O OVO E A GALINHA

PAULO MONTEIRO DOS SANTOS[1]


A muito que está incrível pergunta filosófica permeia a cabeça de nós pensadores e estudantes dos séculos XX e XXI. A final de contas “quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha?”
Bem, não me sinto no deve, e nem que quisesse poderia responder pergunta tão complexa, apesar de a resposta parecer simples de se dizer. Mas darei minhas contribuições empíricas sobre está questão paradoxal no que se refere a problemas metafísicos e científicos tão profundos em nossas escolas e academias.
Para começar devemos levar em consideração teorias cientificas, teológicas, e principalmente filosóficas. Os termos que usarei aqui, será apenas para deixar minhas idéias mais claras para quem irá ler, se é que alguém vai ler este texto. Digamos que sim, alguém irá ler este texto, então peço aos meus ilustres leitores que não se assustem.
Bem, alguns amigos meus dizem que o ovo veio primeiro, sendo que boa parte de meus outros amigos crêem que a galinha é que veio primeiro. Se Deus colocou a galinha lá pra ela ter o bendito do ovo, nunca saberemos se realmente Ele colocou lá, por isso acho que não devemos ter a absolta certeza de alguma coisa. Penso que a “teoria do ovo” seja bem mais cientifica do que a teoria “teológica da galinha”, Porque?
O que é o ovo? – e quando pergunto isso, falo do ser anatômico e “fisiogêneco” ( não sei de está palavra existe, por isso estou destacando-a) do ser-ovo, e conseguintemente, do ser-galinha.
O ovo é uma célula. O que é a galinha? A galinha é um composto orgânico estruturado em tecidos celulares, logo ela é formada por estes tecidos celulares. E o que são estes tecidos celulares? “É um tecido formado por células justapostas, ou seja, intimamente unidas entre si.” (Wikipédia, 2012) Logo temos a idéia que a galinha é uma amontoado de células, e para se ter este amontoado teve que ter a primeira célula, e quem seria está primeira célula? O ovo.
O que meu amigo de cabeceira, o grande filósofo da Grécia antiga, Aristóteles, diria disso, com sua “teoria da espontaneidade.” Acho que ficaria atônito, pois o Sr. Aristóteles não saberia dizer o que de fato é uma célula. Mas devemos levar em conta que faltavam-lhe recursos para poder dizer o que seria uma célula.
Mas alguns amigos meus defende um terceiro sujeito que vem antes, tanto da galinha, quanto do ovo. Quem seria? Sim meus amigos, ele mesmo, o galo, obvio.
Eu particularmente defendo a idéia de  Walter Gilbert, físico e químico americano, que em 1986 trás o RNA com o principal evento químico gerado nos seres vivos capas de proporcionar a vida, Logo podemos dizer que, primeiro não veio nem o ovo, nem a galinha, nem o galo, se quer o DNA, mas sim o RNA.
Mas obvio que não se pode ter uma determinada idéia da origem correta da “Gallus gallus domesticus” - nome cientifico da galinha - (TODA BIOLOGIA.COM, 2012), já que dizer que ela parte do RNA, seria tornar isso uma verdade absoluta, o que para a ciência está tese seria correta, mas para o empirismo seria correto afirma a origem da Gallus gallus domesticus, parti da “teoria da galinha”, ou seja, a galinha veio primeiro.
Estas são duas verdades absolutas. Se uma é falsa e a outra é verdadeira nunca saberemos. Para mim, que sou o mais imbecis de todos os observadores destas questões filosóficas, não se labuta na filosofia com verdades absolutas, mas relativas.
Logo pergunto a vocês meus caros amigos, quem veio primeiro: o ovo, a galinha, o galo, ou o RNA?




[1] Graduado em Letras Vernáculas - UNEB

quinta-feira, 5 de março de 2015

Poema: EVOLUÇÃO


                                                             Paulo Monteiro dos Santos[1]


Evoluy Paullo
Com está lyngua
Que vc wiw
Ke a cada Day
Tranqüilamente,
Já não é mais
Tranquila.
E se destrankila,
Y vai se destrancuilizando.
Ai, pay!
My Deus!
Meu God!






[1] Poeta e graduado em Letras - UNEB