DAMARIS PASSOS DA SILVA[1]
GILVANETE DE BRITO FERREIRA[2]
PAULO MONTEIRO DOS SANTOS[3]
1
JUSTIFICATIVA
Durante
o Estágio I detectamos nas observações que os alunos em uma atividade proposta pela
professora, (atividade esta que se referia à leitura de um texto), os alunos
não deram a devida atenção ao exercício proposto, nessa perspectiva chegamos à
conclusão que é preciso um significativo trabalho com a leitura na sala de
aula.
O
tema que queremos trabalhar trata justamente da leitura em sala de aula, tendo
em vista o problema que esta deficiência, na turma observada, vem sendo
detectada.
A
proposta que usamos para ajudar os discentes na busca de uma leitura prazerosa
é tercemos juntos uma oficina que tem como objetivo despertar o desejo a esta
prática.
Esta
oficina ajudará na formação acadêmica pela expressiva contribuição da
experiência com os alunos sobre o tema que condiz com o nosso curso de letras,
pois tratar da formação do aluno sobre a ótica da leitura direcionando-o para
as práticas sociais da linguagem com sua interação ao meio igualitário através
do víeis da leitura.
A
oficina está prevista a ser realizada na escola Duque de Caxias na cidade de
Euclides da Cunha - BA, com os alunos do EJA (Educação para Jovens e Adultos).
O motivo da escolha pelos alunos do EJA foi precisamente a problemática que
eles enfrentam em relação à leitura.
Esperamos
com esse trabalho, além de contribuir e desperta o gosto à leitura nos
estudantes, pensarmos também em nossa formação e o conhecimento com os educando.
Para
começarmos falando em leitura citamos como embasamento teórico as palavras de
Maria Helena Martins dizendo que a leitura “trata-se pois de um processo mais
natural do que se costuma pensar, mas tão exigente e complexa como a própria
vida” ( MARTINS, 2003, p.11-12), por isso é relevante observarmos que a leitura
está envolvida no meio social, ela é natural e complexa porque está relacionada
aos conhecimentos de mundo do sujeito.
Acreditamos
com base nas palavras da autora que estes elementos “complexos” condiz com
fatores de dificuldades que estudantes das escolas públicas enfrentam em nossos
dias.
Também as
investigações interdisciplinares vêm evidenciando, mesmo na leitura do texto
escrito, não ser apenas o conhecimento da língua que conta, e sim todo um
sistema de relações interpessoais e entre as varias áreas do conhecimento e da
expressão do homem e das suas circunstâncias de vida. Enfim, dizem os
pesquisadores da linguagem, em crescente convicção: aprendemos a ler lendo. Eu
diria, vivendo. (MARTINS, 2003, p.14-13)
Evidenciamos
nestas palavras de Martins (2003) que a atividade de leitura está ligada a
nosso conhecimento de mundo e não apenas nos conhecimentos lingüísticos.
Luciano Amaral Oliveira (2010) em sua obra Coisas
que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática, dedica
uma parte ao ensino prático da leitura e esboça que o ensino dos conhecimentos
de leitura envolve três elementos: Conhecimento lingüístico; Conhecimento
enciclopédico; Conhecimento Textuais.
CONHECIMENTOS LINGÜÍSTICOS são os semânticos,
os sintáticos, os morfológicos, os fonológicos e os ortográficos.
CONHECIMENTOS ENCICLOPÉDICOS são aqueles que
possuímos a respeito do mundo, os quais incluem os conhecimentos gerais,
característicos do senso comum, e os conhecimentos mais específicos, tanto em
termos mais culturais quanto em termos técnicos.
CONHECIMENTOS TEXTUAIS, que não se confundem com os
lingüísticos, embora estejam estreitamente relacionados a eles, são aqueles que
possuímos acerca dos elementos de textualidade, dos tipos e gêneros textuais.
(...) os nossos conhecimentos prévios ficam armazenados em nossa mente na forma
de esquemas mentais, ou seja, estruturas de conhecimento existentes em nossa
memória. (OLIVEIRA, 2010, p. 60)
Na maioria das vezes a
escola não da atenção a alguns destes conhecimentos e acaba prejudicando o
aluno de certa forma.
Oliveira diz ainda que
“esses três tipos de conhecimentos são essências a leitura” (OLIVEIRA, 2010,
p.60), mas que não se descarta a infinidade de outros tipos de conhecimentos.
O autor aponta também que é
muito importante dá atenção ao domínio de estratégias de leituras. “Essas
estratégias são ações procedimentais estreitamente vinculadas aos conhecimentos
prévios dos estudantes, as quais precisam ser abordadas em sala de aula.” (
OLIVEIRA, 2010, p.71)
A pré-leitura é muito
importante dentro das estratégias que podemos desenvolver neste contexto, pois aprontar
o aluno para a leitura do texto escolhido. A pré-leitura, diz Oliveira:
“prepara o aluno para lidar com o texto.” (OLIVEIRA, 2010, p.67)
É de grande valia
observarmos também a leitura como contribuinte para a vida social do aluno, a
qual lhe desperta para a interação entre estes dois fatores: leitura e
sociedade.
Martins nos diz que: “Na
verdade o leitor pré-existe à descoberta do significado das palavras escritas;
foi-se configurando no decorrer das experiências de vida, desde as mais
elementares e individuais, às oriundas do intercâmbio de seu mundo pessoal e o
universo social e cultural circundante.” (MARTINS, 2003, p.17)
Também devemos sublinhar
aqui a questão dos gêneros textuais para a leitura dos estudantes. Como eles
devem ser explorados e dinamizados para uma atividade prazerosa de leitura.
No livro Gêneros textuais e ensino, organizado
por Ângela Paiva Dionísio, Anna Rachel Machado, Maria Auxiliadora Bezerra,
observamos analises bem especificas sobre gêneros, e como trabalhar estes
gêneros em
sala. Transcrevemos a seguir a observação de Luiz
Antônio Marcuschi, que se encontra neste livro, e discerne um pouco sobre a
definição destes gêneros.
(...) Os gêneros
textuais não se caracterizam como formas estruturais estéticas e definidas de
uma vez por todas. Bakhtin (1997) dizia que os gêneros eram tipos ”relativos
estáveis” de enunciados elaborados pelas mais diversas esferas da atividade
humana. São muito mais famílias de textos com uma série de semelhanças. Eles
são eventos lingüísticos, mas não se definem por características lingüísticas:
caracterizam-se, como já dissemos, enquanto atividades sócio-discursiva. Sendo
os gêneros fenômenos sócio-históricos e culturalmente sensíveis, não há como
fazer uma lista fechada de todos os gêneros. Existem estudos feitos por
lingüistas alemães que chegaram a nomear mais de 4.000 gêneros, o que a
primeira vista parece um exagero. Daí a desistência progressiva de teorias com
pretensão a uma classificação geral dos gêneros. ( MARCUSCHI, Apud. Marcuschi, 2007,
29)
Como
ficou evidenciado nesta citação de Marcuschi, é difícil dá uma definição de
gêneros textuais, por isso devemos focar texto que estão mais próximos da
realidade do aluno. O texto eletrônico é uma boa referência que está voltada a
pratica de leitura dos estudantes atualmente, e acreditamos que deve ser
explorada.
Assim
chegamos a conclusão com base nos autores citados, que devemos levar em conta
os conhecimentos de mundo dos alunos, e trabalhar estratégias que lhes
possibilitem a práticas da leitura não só em sala de aula, mas no meio social
em que estes vivem.
3
CONTEÚDOS
·
O
que é a leitura;
·
A
leitura na sala como objeto de conhecimento;
·
Estratégias
de leitura;
·
A
leitura com processo interativo com o meio social;
·
Ampliando
a noção de leitura para o aporte ao cotidiano do aluno;
·
A
importância do ato de ler e os sentidos que a leitura desperta no estudante;
·
Os
gêneros textuais;
4
OBJETIVO GERAL
·
Trabalhar
a leitura e os gêneros textuais para desenvolver a competência leitora.
5
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Construir
juntamente com o aluno a prática da leitura em sala de aula;
- Compartilhar
experiência de leitura na interação do conhecimento, através dos gêneros
textuais;
- Auxiliar
os alunos a desenvolver as estratégias de leituras;
- Avaliar
o processo da leitura através das oficinas.
6
METODOLOGIA
A oficina irá desenvolver-se a partir
do intercâmbio entre a construção do conhecimento proposto no tema em questão,
tendo como ações:
- Atividade em
grupos referentes aos textos aplicados na oficina;
- Dinâmica de
interação e construção do conhecimento;
- Seleção dos
gêneros textuais para a atividades de leitura;
- E uma produção textual.
7
AVALIAÇÃO
A
avaliação consiste na observação feita em sala de aula com a participação e o
processo produtivo dos alunos nas atividades.
8 CRONOGRAMA OBS:
SIMULAR A DATAS DO ESTÁGIO DE ACORDO COM O CALENDÁRIO ACADÊMIDO 2012 A 2013.
AÇÕES
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OUTUBRO 2012
DATA
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NOVEMBRO 2012
DATA
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DEZEMBRO 2012
DATA
|
MARÇO 2013
DATA
|
ABRIL 2013
DATA
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Observações
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16
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Entrevistas
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16
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Estudo Teórico
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20
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Organização do
projeto
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04
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Apresentação do
projeto do Estágio
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05
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Estágio II
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18
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Aplicação
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A definir
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Revisão
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x
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ETC...
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x
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REFERÊNCIA
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Gêneros
Textuais: Definições e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Ângela Paiva; MACHADO,
Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora. (Org.). Gêneros textuais e ensino. –
5.ed – Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
MARTINS, Maria Helena. O que é a leitura. – São Paulo:
Brasiliense, 2003.
OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português
precisa saber: a teoria na prática. – São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
[1]
Graduando do curso de Letras vernáculas na Universidade do Estado da Bahia –
UNEB – Campus XXII; 8º Semestre.
[2]
Graduando do curso de Letras vernáculas na Universidade do Estado da Bahia –
UNEB – Campus XXII; 8º Semestre.
[3]
Graduando do curso de letras vernáculas na Universidade do Estado da Bahia –
UNEB – Campus XXII; 8º Semestre.
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